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Thomás é um carioca que torce pelo Brasil e pelo Fluminense."Estudante" de música e de sentimentos. Ele ainda acredita na sinceridade, portanto encontra diariamente pelo seu caminho, "problemas" psicológicos reais e inventados, nesse mundo novo de falsos sentimentos e falsos valores. "Escolheu" a música e a poesia como fuga dessa vida normal, ingrata, e rotineira. Seu trabalho é encontrar palavras sonoras, melodias, amores e amizades sinceras. Tudo por um cotidiano mais bonito e mais saudável. Tudo ISTO sendo um MISTO de realidade e sonho.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Ver de Verde










Não vivo em quadrado, muito menos enquadrado.
Não consigo ter lados iguais.
Vejo a paisagem, penso em paz.
Portanto, às vezes vejo o tudo com cara de paisagem.
Tímida imagem.
Há tanto verde.
Estou morando no verde.
Queria viver em meio a matas, mas isso ainda não faz parte de minha posse.
Além do medo da perdição, não sou filho de Oxóssi.
Preciso de trilhas para entrar.
Queria entrar como um bicho, queria ser um bicho.
Queria ser irracional.
Mas não sei meu habitat natural.
Vivo em todos os lugares com dificuldade.
Como sonho em achar a mata virgem certa.
Gosto muito de mata virgem, mas não dispenso um gramado cortado.
Acho que não dispenso nada.
Em minha dispensa, sempre cabe mais doce.
Está na hora de dispensar as coisas.
Não pensar mais nelas.
Não pensar mais em nada.
Despensar.
Dispensar o pensar.
Despensar.
Dispensar passado, tristeza, mesa, tratado, ansiedade, dificuldade, aliança, herança, carência, inocência, timidez, tempo e rapidez.
Hoje só não dispenso o verde.
Em verde não disperso.
Mesmo quando estou sem nada, tenho tudo.
Tenho certeza de criança.
Pois verde é mata.
Verde é vida.
Verde é sempre esperança.

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